terça-feira, 28 de dezembro de 2010

A Loja de Deus


Entrei numa loja e vi um anjo no balcão.
-Santo anjo do Senhor, o que vendes?
Respondeu-me:
-Todos os dons de Deus.
-Custa muito caro?
-Não, tudo é de graça.
Contemplei a loja e vi vasos de vidro de fé, pacotes de esperança, caixinhas de felicidade e sabedoria.
Tomei coragem e pedi:
-Por favor, quero muito amor de Deus, todo o perdão Dele, vidros de fé, bastante alegria e felicidade eterna para mim e para minha família.
Então, o anjo do senhor preparou um pequeno embrulho que cabia na minha mão.
-É possível, tudo aqui?
O anjo respondeu sorrindo:
-Meu querido irmão, na loja de Deus não vendemos frutos, apenas sementes.
Plante a sua e seja feliz.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

NATAL SEM O PAPAI NOEL...


Estou preparando a minha árvore de Natal. Quero que ela seja viva, mas não quero que seja exterior. Eu a quero dentro de mim. Tenho medo das exterioridades. Elas nos condenam. Ando pensando que o silêncio do interior é mais convincente que o argumento da palavra.


Quero que minha árvore seja feita de silêncios. Silêncios que façam intuir felicidade, contentamento, sorrisos sinceros.

Neste Natal não quero mandar cartões. Tenho medo de frases prontas. Elas representam obrigação sendo cumprida. Prefiro a gratuidade do gesto, o improviso do texto, o erro de grafia e o acerto do sentimento. A vida é mais bonita no improviso, no encontro inesperado, quando os olhares se cruzam e se encontram.

Quero que minha árvore seja feita de realidades. Neste Natal quero descansar de meus inúmeros planos. Quero a simplicidade que me faça voltar às minhas origens. Não quero muitas luzes. Quero apenas o direito de encontrar o caminho do presépio para que eu não perca o menino Jesus de vista. Tenho medo de que as árvores muito iluminadas me façam esquecer o dono da festa.

Não quero Papai Noel por perto. Aliás acho essa figura totalmente dispensável! Pode ficar no Pólo Norte desfrutando do seu inverno. Suas roupas vermelhas e suas barbas longas não combinam com o calor que enfrentamos nessa época do ano. Prefiro a presença dos pastores com seus presentes sinceros.

Papai Noel faz muito barulho quando chega. Ele acorda o menino Jesus, o faz chorar assustado. Os pastores não. Eles chegam silenciosos. São discretos e não incomodam...
Os presentes que trazem nos recordam a divindade do menino que nasceu. São presentes que nos reúnem em torno de uma felicidade única. O ouro que brilha, o incenso que perfuma o ambiente e a mirra com suas composições miraculosas.

O papai Noel chega derrubando tudo. Suas renas indisciplinadas dispersam as crianças, retiram a paz dos adultos. Os brinquedos tão espalhafatosos retiram a tranqüilidade da noite que deveria ser silenciosa e feliz. O grande problema é que não sabemos que a felicidade mais fecunda é aquela que acontece no silêncio.

É por isso que neste Natal eu não quero muita coisa. Quero apenas o direito de recolher o pequenino menino na manjedoura... Quero acolhê-lo nos braços, cantar-lhe canções de ninar, afagar-lhe os cabelos, apertar-lhe as bochechas, trocar-lhe as fraldas para que não tenha assaduras e dizer nos seus ouvidos que ele é a razão que me faz acreditar que a noite poderá ser verdadeiramente feliz.

Neste Natal eu não quero muito. Quero apenas dividir com Maria os cuidados com o pequeno menino. Quero cuidar dele por ela. Enquanto eu cuido dele, ela pode descansar um pouquinho ao lado de José. Ando desfrutando nos últimos dias o desejo mais intenso de que a vida vença a morte.

Talvez seja por isso que ando desejando uma árvore invisível. O único jeito que temos de vencer a morte é descobrindo a vida nos pequenos espaços. Assim vamos fazendo a substituição. Onde existe o desespero da morte eu coloco o sorriso da vida.

Façam o mesmo!

Descubram a beleza que as dispersões deste tempo insistem em esconder. Fechem as suas chaminés. Visita que verdadeiramente vale à pena chega é pela porta da frente.

Na noite de Natal fujam dos tumultos e dos barulhos. Descubram a felicidade silenciosa. Ela é discreta, mas existe! Eu lhes garanto!

Não tenham a ilusão de que seu Natal será triste porque será pobre. Há mais beleza na pobreza verdadeira e assumida que na riqueza disfarçada e incoerente. O que alegra um coração humano é tão pouco que parece ser quase nada. Ousem dar o quase nada. Não dá trabalho, nem custa muito... E não se surpreendam, se com isso, a sua noite de Natal tornar-se inesquecível.

Pe. Fábio de Melo


A Pastoral da Juventude da Paróquia São José de Amaralina, deseja a todos um feliz natal. Que nosso coração vibre de felicidade à espera daquele que realmente merece ser esperado com entusiasmo e "ansiedade". Que as luzes que iluminam as ruas não venham ofuscar o brilho da verdadeira LUZ, que é Vida, Amor, Esperança e Salvação. Não esqueçamos, JESUS é o dono dessa festa, o que daremos para o aniversariante especial?  Ele também está ansioso por um presente. E o maior presente que Jesus espera de nós é o nosso coração. Quando deixarmos que Ele tome conta de nossa vida e ocupar o primeiro, o melhor lugar, a cadeira de honra, as outras coisas que amamos também terão um significado. Terão um significado especial porque a força que nos moverá será o amor. Dê a Jesus o maior presente. Você mesmo.Tenha um feliz e verdadeiro Natal! 


terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Cultive a alegria

"A alegria é um farol luminoso, em cujas lentes esbarram todos os pássaros da noite" (M. De Backer).

É preciso vencer a tristeza para ser feliz; ela é fonte de muitos sofrimentos; muitas vezes, ela vem acompanhada do mau humor. Jamais dê guarida à tristeza e ao mau humor se você quiser ser feliz. Rejeite e expulse esses sentimentos do seu coração com um ato de vontade e de fé. A tristeza nos adoece e nos mata.
A Bíblia diz que "A alegria do coração é a vida do homem, e um inesgotável tesouro de santidade. A alegria do homem torna mais longa a sua vida" (Eclo 30,22-26). Lance fora a tristeza; ela não é uma boa companhia. Não guarde mágoas, ira, inveja, rancores e ressentimentos, pois esses sentimentos envenenam o coração. Faça como o sol:
"Se algum dia você se sentir desprezado pelas pessoas, não se aborreça. Se algum dia você perceber que não valorizam os seus esforços para melhorar, não fique aborrecido, isto só lhe faria mal. Se algum dia você se sentir rejeitado e esquecido, colocado em segundo lugar, não se aborreça, não será menor por causa disso.
Se algum dia as pessoas não notarem a beleza de sua inteligência e a grandeza da sua alma, também não fique com raiva delas, você não perderá nada por causa disso.
Se você se levantar todos os dias para fazer o bem aos outros, e mesmo assim ninguém lhe agradecer por isso, não fique aborrecido, você não perdeu o mérito de suas boas obras.
Se você fez um belo trabalho e ninguém o parabenizou e aplaudiu, não fique frustrado, a sua obra continuará grande.
Se você renova todos os dias, incansável e gratuitamente,  o seu amor às pessoas, e elas não são gratas a isso, não fique triste, pois também o sol nasce todos os dias, gratuitamente, e a maioria não repara nisso. Todos os dias ele dá um grande espetáculo ao nascer, mas a maioria da plateia está dormindo e não pode aplaudi-lo".
Precisamos criar em torno de nós um ambiente feliz e alegre, expulsando dele, decididamente, o mau humor, a lamentação, a acusação dos outros, etc. Especialmente o lar deve ser um lugar onde os filhos respirem um “oxigênio” puro, e gostem dele.
Os psicólogos hoje advertem que muitos jovens são levados às drogas porque fogem de suas casas por não suportarem o ambiente de brigas, confusões e tristezas.
Alguém me contou esta história:
"Um homem chegou em casa, naquela noite, trazendo o mau humor que o caracterizava há alguns meses. Afinal, eram tantos os problemas e as dificuldades, que ele se transformara em um ser amargo, triste, mal-humorado. Colocou a mão na maçaneta da porta e a abriu. Deteve o passo e pôde ouvir a voz do filho de seus quatro anos de idade:
 – Mamãe, por que papai está sempre triste?
 – Não sei, amor, respondeu a mãe, com paciência. Ele deve estar preocupado com seus negócios.
 O homem parou, sem coragem de entrar e continuou ouvindo:
 – Que são negócios, mamãe?
 – São as lutas da vida, filho. Houve uma pequena pausa e depois, a voz infantil se fez ouvir outra vez:
 – Papai fica alegre nos negócios?
 – Fica, sim, respondeu a mãe.
 – Mas, então, por que fica triste em casa?
 Sensibilizado, o pai pôde ouvir a esposa explicar ao pequenino:
 – Nas lutas de cada dia, meu filho, seu pai deve sempre demonstrar contentamento. Deve ser alegre para agradar ao chefe da repartição e aos clientes. É importante para o trabalho dele. Mas, quando ele volta para casa, ele traz muitas preocupações. Se fora de casa, precisa cuidar para não ferir os outros, e mostrar alegria, gentileza, não acontece o mesmo em casa.
 – Aqui é o lar, meu filho, onde ele está com o direito de não esconder o seu cansaço, as suas preocupações. A criança pareceu escutar atenta e depois, suspirando, como se tivesse pensado por longo tempo, desabafou:
– Que pena, hein, mãe? Eu gostaria tanto de ter um pai feliz, ao menos de vez em quando. Gostaria que ele chegasse em casa e me pegasse no colo, brincasse comigo. Sorrisse para mim. Eu gostaria tanto...
Naquele momento, o homem pareceu sentir as pernas bambearem. Um líquido estranho lhe escorreu dos olhos e ele se descobriu chorando.
– Meu Deus, pensou, como estou maltratando minha família. E, ainda emocionado, irrompeu pela cozinha, abriu os braços, correu para o menino, abraçou-o com força e o convidou: – Filho, vamos brincar?"
Todos nós temos problemas e os teremos a vida toda. O importante é não deixá-los nos sufocar. Deus nos manda buscar e cultivar a alegria, mesmo nas horas difíceis: "Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito: alegrai-vos! O Senhor está próximo. Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de graças. E a paz de Deus, que excede toda a inteligência, haverá de guardar vossos corações e vossos pensamentos, em Cristo Jesus" (Fil 4, 4-7).
Fonte:cancaonova.com

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Como podemos nos preparar para o Advento?

Precisamos estar prontos para o encontro com o Senhor

O Ano Litúrgico gira em torno das duas grandes festas do mistério de nossa salvação: o Natal e a Páscoa. A fim de nos prepararmos bem para essas duas solenidades de máxima importância, a Santa Igreja, com seu amor de mãe e sua sabedoria de mestra, instituiu o Advento, que nos predispõe para o Natal e a Quaresma e nos prepara para a Páscoa. Praticamente um mês e meio de Advento-Natal e três meses de Quaresma-Páscoa. O tempo chamado “Comum”, durante o ano, ajuda-nos a caminhar com a Igreja nas estradas da história, iluminados por esses mistérios de nossa fé e conduzidos pelo Espírito Santo.
Iniciamos o tempo do Advento, que assinala também o início de um novo Ano Litúrgico. No decurso dos quatro domingos do Advento, o povo cristão é convidado para preparar os caminhos para a vinda do Rei da Paz. O Cristo Senhor, que, há dois mil anos, nasceu como homem numa manjedoura em Belém da Judeia, deseja ardentemente nascer em nossos corações, conforme as santas palavras da Sagrada Escritura: "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, eu entrarei na sua casa e tomaremos a refeição, eu com ele e ele comigo" (Ap 3, 20).
No Advento temos a oportunidade de nos aprofundar na expectativa do "Senhor que virá para julgar os vivos e os mortos" e na semana que antecede a festa natalina a preparação próxima para celebrar o "Senhor que nasceu pobre no Oriente". Entre essas duas vindas, o cristão celebra, a cada dia, o seu coração que se abre para o “Senhor que vem” em sua vida e renova a sua existência.
Celebrar o Natal é reconhecer que "Deus visitou o seu povo" (cf. Lc 7, 16). Tal reconhecimento não se pode efetivar somente com nossas palavras. A visita de Deus quer atingir o nosso coração e transformar-nos desde dentro. A tão desejada transformação do mundo, a superação da fome, a vitória da paz e a efetiva fraternidade entre os homens dependem, na verdade, da renovação dos corações. Somos convidados, em primeiro lugar, a aprender a "estar com Jesus", e então nossa vida em sociedade verá nascer o Sol da Justiça.
O Advento constitui precisamente o tempo favorável para a preparação do nosso coração. Deixemo-nos transformar por Cristo, que mais uma vez quer nascer em nossa vida neste Natal. Celebrar bem a solenidade do Natal do Senhor requer que saibamos apresentar a Deus um coração bem disposto, pois "não desprezas, ó Deus, um coração contrito e humilhado" (Sl 51, 19). Um coração que busca com sinceridade a conversão é fonte de inestimável comunhão com o Senhor e com os irmãos. Neste tempo de Advento não tenhamos medo de Cristo. "Ele não tira nada, Ele dá tudo".
Fonte: cancaonova.com

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Aprendendo a Esperar




De manhã, Senhor, ouves a minha voz; de manhã Te apresento a minha oração. Sal. 5:3. 
Emerson Fosdick, certa vez, orou assim: "Ó Deus, não sabemos o que é bom para nós. Tu sabes o que é. Por isso oramos." Esse conceito, entretanto, não nos impede de pedir coisas específicas a Deus. A Bíblia relata muitos pedidos específicos, que foram atendidos nos mínimos detalhes. Há, porém, uma lição preciosa na sucinta prece de Fosdick. Ou seja, devemos orar segundo a vontade de Deus.

Davi orava pela manhã e ficava esperando. Deve ter ficado frustrado algumas vezes por não ter sido atendido conforme seu desejo. Além disso, deve ter-se decepcionado com a demora da parte de Deus em alguns casos.
No exercício da oração, precisamos entender três atributos divinos: amor, onipotência e soberania. Pelo fato de sabermos que Deus é amor, somos inclinados a pensar que Ele nos atenderá de acordo com nossas especificações. Como pode Ele deixar de satisfazer todas as nossas necessidades? E para complicar o quadro, algumas pessoas perguntam: Se Deus é onipotente, por que não resolve logo todos os nossos problemas? Por que não elimina as injustiças, a fome, a miséria e a dor? Se Ele é amor e tem poderes ilimitados, por que não age imediatamente?
Como, pois, entender que devemos orar e esperar pacientemente? Ora, o mesmo Deus que possui os atributos do amor e do poder, tem o direito de agir soberanamente. Em Sua soberania, Ele sabe quando deve agir. Não nos compete dizer-Lhe quando e como agir. Ele sabe o que é melhor para nós e conhece a hora em que deve entrar em ação.
A experiência de Jairo elucida esse aparente dilema. Ele se aproximou de Jesus e rogou-Lhe: "Minha filhinha está à morte; vem, impõe as mãos sobre ela, para que seja salva, e viverá." Mar. 5:23. O pedido era mais do que razoável. Jesus, porém, não atendeu imediatamente à súplica de Jairo. Mesmo comprimido pela multidão que O seguia, despendeu tempo para curar uma mulher que sofria de uma hemorragia havia doze anos, e ainda repreendeu os discípulos que se incomodavam com a extrema solicitude do Mestre. Nesse ínterim, chegaram algumas pessoas que trabalhavam para Jairo, com uma notícia fatal: "Tua filha já morreu; por que ainda incomodas o Mestre?" Mar. 5:35. Naquele momento, qualquer um de nós poderia ter pensado: Fui o primeiro da fila a pedir um milagre a Jesus, mas Ele preferiu atender a uma mulher que se intrometeu na multidão. Agora é tarde. Não dá para entender essa demora.
No íntimo, Jairo deve ter alimentado uma frustração. Mas depois, ao ver a sua filha viva novamente, e com plena saúde, entendeu que Jesus agiu na hora certa. E, ao invés de questionar, agradeceu.

Pensamento para reflexão:
Deus sempre age na hora certa, embora algumas de Suas respostas possam parecer estranhas.

Fonte:catequisar.com

sábado, 30 de outubro de 2010

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Retiro Espiritual - Aprofundando


Lemos, muitas vezes, nos santos Evangelhos, que Jesus se afastava das multidões que o seguiam e retirava-se para um ermo onde pudesse entregar-se à contemplação. Antes de iniciar a sua vida pública, recolheu-se a um deserto, onde sua natureza humana foi posta à prova, sem que o demônio a pudesse dominar. A seus discípulos igualmente, ao voltarem da missão, retirava-se com eles para que pudessem na solidão  estar a sós com Deus.

São Bernardo apelidava a solidão de felicidade: “O beata sollitudo, o sola beatitudo”. Momento privilegiado aquele em que afastados do burburinho dos sentidos e do mundo podemos nos encontrar conosco mesmos e com Deus. 

Foi no silêncio e na solidão  que Elias  ouviu a voz de Deus  na  suavidade de uma brisa. Na contemplação, os profetas, em recolhimento, sentiram o chamado e deixaram-se impregnar pelo Espírito, adquirindo forças para sua missão. 

O silêncio e o recolhimento na oração foram e são marca constante na Igreja, desde quando os Apóstolos, no Cenáculo, por nove dias, na oração e no silêncio, esperaram a manifestação do Espírito Santo. Os eremitas fugiam e fogem das concupiscências da carne e da soberba da vida, indo para o deserto onde entregam-se ao conhecimento de si próprios e à união com Deus, para irradiarem a vida na Igreja com sua sabedoria.

Santa Tereza afirmava que Deus sempre quer nos falar, mas o mundo faz tanto barulho que não o podemos ouvir. “Tudo o que é definitivo nasce e amadurece no seio do silencio: a vida, a morte, o além, a graça e o pecado. O palpitante está sempre latente”, escreve Inácio Larrañaga.

Nas atividades do dia a dia nós nos perdemos. Deixamos até de pensar, como escreveu Pascal em um fragmento, um rascunho, talvez perdido em uma gaveta: “O homem foi feito para pensar; nisto a sua dignidade e seu mérito. Seu único dever consiste em pensar bem ; e a ordem do pensamento está em começar por si, por seu autor e por seu fim. Ora em que pensa o mundo? Jamais nessas coisas...” e conclui Sertillages, que cita o texto: “É preciso meditar muitas vezes sobre Deus, conceber a unidade da vida e a sua exigência de progresso, ter uma visão simples de nossas relações  e do nosso destino tão confusos pelo movimento habitual do mundo”. O espírito foi feito para pensar e julgar no Espírito de Deus. 

O retiro nos leva às condições para a realização desta grandeza humana:”pouco menor que os anjos  fizeste o homem”, reza o salmo. No silêncio, vamos nos encontrar, primeiro conosco mesmos. Saber que somos criaturas privilegiadas e como temos respondido a essa nossa dignidade. Por atos penitenciais e de fé, no arrependimento, encontraremos a misericórdia de Deus no perdão. Nele apoiados planejamos uma vida nova. No silêncio e na oração, Deus nos revela sua face e nos fortalece como fortaleceu a Cristo nas tentações.

Sistematizando esses movimentos, Santo Inácio de Loiola, escreveu um roteiro, chamado “Exercícios Espirituais”. Não é um roteiro para ser lido apenas, ainda que com muita atenção, mas para ser vivenciado. Por quarenta dias se estendem os exercícios, levando-nos da primeira semana na conscientização de nossa fraqueza e da falta de correspondência à graça, ao pedido de perdão pela misericórdia e, em vista  do nosso destino eterno, à resoluções firmes de uma nova vida. Foi a própria experiência que traduziu nestas páginas. Foi a experiência que exigia de todos os que queriam alcançar uma vida de humana perfeição na adesão à bandeira de Cristo.

Esse esquema é o seguido nos retiros que se fazem na Igreja em busca de um crescimento espiritual necessário para todos nós. Longe do barulho, procuramos examinar nossa vida e nosso atos confrontando-os com o Evangelho e, confiados na bondade divina, partir para uma vida nova, consciente de que o Reino de Deus está dentro de nós, Reino que é paz e alegria no Espírito Santo (Cf. Rm 14, 17).

Vivemos hoje um mundo de muitas solicitações. Não temos tempo para nada, tal o volume e velocidade de informações. Somos desviados pelas imagens e cultura para as concupiscências alheias ao espírito. Então o retiro, o recolhimento e a oração tornam-se mais necessários para superarmos as forças negativas e nos realizarmos como pessoas criadas à imagem e semelhança de Deus, nos tornarmos à imagem de Cristo.



Por: DOM EURICO DOS SANTOS VELOSO 

ARCEBISPO EMÉRITO DE JUIZ DE FORA, MG.


Fonte:catequisar.com.br/

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Se liga juventude!!


O CRISJOVEM 2010 acontecerá no dia 24 de outubro e será realizado no Parque da Cidade às 07:30h.
Neste ano terá como reflexão o tema: “JUVENTUDE: muita REZA, muita LUTA, muita FESTA em marcha contra a violência. 

"Todos os anos o DNJ celebra as lutas anuais dos/as jovens organizados. É a mobilização maior, concentrando multidões de jovens que buscam novas relações de vida pautadas na justiça social, no poder popular, na legitimidade da diversidade, no protagonismo juvenil, na educação libertadora, na construção da paz.
Contamos com você na campanha convide mais um e traga para o XXXVIII Crisjovem.
Você é meu/minha convidado/a para juntos celebrarmos anunciando e denunciando."

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Eu quero evangelizar!

Imagina se todo mundo acordasse pela manhã e desejasse “Eu quero evangelizar”? O mundo seria outro, sem dúvidas, bem mais parecido com o céu.
Mas a lógica de refletirmos sobre esse assunto não é nem mesmo a carência de vocações religiosas (que muita gente pensa ser a única forma de evangelização), porém é a omissão dos cristãos que preferem calar-se do que anunciar o evangelho.
homemecriancas
http://momentoemanuel
O ato de evangelizar é simples e exigente ao mesmo tempo. Você não precisa parar alguém e falar mirabolantes palavras afim de tentar convence-lo de algo. A evangelização pode ser num gesto, num ato de solidariedade e até mesmo no silêncio (se ele for usado no momento certo). E por isso que é simples e exigente, pois ao mesmo tempo que podemos evangelizar com pequenas ações, elas nos levam a firmar um compromisso de tentar viver essas ações e, é nessas horas, que muita gente desiste.
Agora, pensemos nós, o que nos falta para “larçarmos as redes”? O que nos falta para “anunciar-mos a Boa Nova”?
Chegou numa resposta?
Talvez nos falte coragem, ousadia, largarmos de preguiça e termos mais confiança em Deus. A junção dessas coisas faria de nós preciosos evangelizadores. Não anunciar o Senhorio de Jesus é quase que um ato de egoismo, ou seja, é você conhecer a verdade, o caminho da salvação e não querer contar para ninguém.

E se você acha que você não tem a ver com esse lance de “evangelização”, que isso é coisa pra padre, freira ou catequista. Saiba que você está enganado. É missão de todo batizado/cristão evangelizar.
Não fique parado esperando Jesus voltar para você lembrar que tem que fazer alguma coisa.
Ahh, e se você não sabe como evangelizar, peça a Deus essa graça, além de também pedir orientação para um religioso.
Que o Espírito Santo inflame nossos corações e nos leve a sermos cristãos mais fervorosos e anunciadores do Evangelho. Amém!


OBS: Dia 10 de novembro grande dia de Avivamento para as Santas Missões
Local: Paróquia São José de Amaralina
Horário: Logo após a missa das 08:00h
Convidado: Anailton dos Anjos.

Participe você também!!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Pra não dizer que não falei de Juventude

Fonte: http:/palavravivida.zip.net
Onde foram os jovens que enfrentam canhões?
Onde foi a música que arrastou multidões?
Onde foi o sonho de o mundo mudar?
Será que todos eles pararam de sonhar?

Tinham tantos sonhos, muito brilho no olhar
Não tinham medo de a vida entregar
Em todas as partes estavam aos milhões
Era nas escolas, campos, construções...

Quem roubou o sonho e a esperança?
Quem matou a verdade de nossas crianças?
Quem usou da mídia pra enganar?
Quem te contou que os jovens pararam de lutar?

Onde foram os jovens que pintaram a cara?
Onde estão aqueles que provaram o pau de arara?
Onde foi aquele grito forte de tanta dor?
Não podemos parar, gritem por favor!

Falta muita luta, muita busca, muita dor
Ainda não estamos vivendo...
Ainda não estamos vivendo...
Ainda não estamos vivendo...
Na civilização do amor...




Autor: Juliano Romitti Fleck 

domingo, 19 de setembro de 2010

"Política Jovem"


Prestes a mais uma derradeira escolha dos comandantes de nossas entidades governamentais, precisamos começar a pensar com consciência sobre o papel do jovem nessas escolhas.
O eleitorado jovem, entre 16 e 17 anos, hoje soma pouco mais de 2,39 milhões, segundo o Tribunal Superior Eleitoral - TSE, o que é de suma importância na escolha dos representantes da nação.
Sendo assim, nada mais justo que levantar um alerta a toda comunidade jovem que “exercerá a cidadania” na próxima eleição. É importante que o jovem tenha consciência em quem votar, nas propostas, na vida pregressa do candidato, na ideologia partidária, enfim, há que se existir todo um processo para a escolha certa.
Atualmente tivemos diversos destaques de políticas públicas importantes para a Juventude. Foi aprovada a PEC da Juventude, que nada mais é do que uma cartilha / lei correspondente aos propósitos de uma Juventude mais firme nos anseios da cidadania. Também foi revisto o EAC, documento este que precisava desta revisão no tratamento de nossas crianças e adolescentes. Temos também a Campanha contra a violência jovem encabeçada pela Pastoral da Juventude.
Estes e outros projetos devem ser objetos de discussão no meio jovem de forma bem ampla, inclusive verificando quem está apoiando toda esta idéia, quem realmente olha para o futuro da nossa nação e não somente para seus próprios anseios políticos.
Sugiro que você jovem, a partir de hoje até o dia da eleição, passe a guardar alguns minutinhos da semana para pensar nisso, estudar isso… Tenha certeza que é super importante para SEU FUTURO.
A política, muito embora haja divergências neste tipo de pensamento, está intimamente ligada à igreja também; bons homens e mulheres comandantes da nação, enraizados na fé, no amor de Deus, serão responsáveis por criar ideais de caridade, fraternidade e solidariedade dentro da sociedade em que vive. Portanto, ser política é ser igreja também.

Lembre-se:
"VOTO NÃO TEM PREÇO, TEM CONSEQÜÊNCIA!
EM QUEM VOCÊ VAI VOTAR?"

 Fonte: cancaonova.com


sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Precisamos de Santos

"PRECISAMOS DE SANTOS  sem véu  ou batina. 

Precisamos de Santos de calças jeans e tênis. 

Precisamos de Santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos. 

Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que se "lascam" na faculdade.
 
Precisamos de Santos que tenham tempo todo dia para rezar e que saibam namorar na pureza e castidade, ou que consagrem sua castidade. 

Precisamos de Santos modernos, santos do século XXI, com uma espiritualidade inserida em nosso tempo. 

Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e as necessárias mudanças sociais. 

Precisamos de Santos que vivam no mundo, se santifiquem no mundo, que não tenham medo de viver no mundo. 

Precisamos de Santos que bebam coca-cola e comam hot dog, que usem jeans, que sejam internautas, que escutem disc man. 

Precisamos de Santos que amem apaixonadamente a Eucaristia e que não tenham vergonha de tomar um refri ou comer uma pizza no fim-de-semana com os amigos. 

Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dança, de esporte. 
Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros. 

Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos". 

(Papa João Paulo II)