sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Tempo de Conversão...

A Quaresma é, como há muito sabemos, um tempo de conversão. Esse é um tema que jamais perde a sua atualidade na vida cristã, por isso queremos mais uma vez refletir sobre ele. A imposição das cinzas – com que a Igreja inicia a nossa preparação para a celebração solene do Tríduo Pascal –, não pode ser um gesto formal, folclórico, mera tradição. Ele deve ser expressão de um compromisso de deixar-se moldar pelo Espírito Santo para a conversão pessoal e comunitária.
O Antigo Testamento, ao tratar da conversão, acentuava muito o aspecto cultual, a rejeição do culto pagão, a passagem da idolatria para a adoração do verdadeiro Deus e a submissão à sua Lei, concedida ao povo por intermédio de Moisés. Em resumo, a conversão era abandonar a idolatria e cumprir o que determinava a Aliança Sinaítica. Mais tarde, os profetas aprofundam o tema, não só anunciando uma aliança interior, mais perfeita, mas também insistindo na compaixão para com os desvalidos: órfãos, viúvas e pobres. Na linha dos profetas do Antigo Testamento, podemos inserir o maior de todos: João Batista. Ele insiste na mudança de atitude, na prática da justiça, da solidariedade, compaixão e mansidão como necessárias para acolher o Messias.
A atividade pública de Jesus começa com forte anúncio: “Convertei-vos...”. Na Quarta-Feira de Cinzas sentimos ainda o eco da voz do Senhor, que mediante a Igreja, nos convida à conversão: “Convertei-vos e crede no Evangelho”. É em chave cristã que somos chamados a entender o forte convite de Jesus. Para isso, eu tomo a parábola do Filho Pródigo ou do Pai Misericordioso, pois nela vamos encontrar o mais significativo exemplo do que nós cristãos devemos entender por conversão: é abandonar os falsos deuses, que insistem em dominar o nosso coração, e ir ao encontro do Deus verdadeiro, o Pai. Ir ao encontro d’Ele e deixar-se transformar por Seu amor é fonte de uma nova vida. Por isso, Jesus, ao ser procurado por Nicodemos, explicou-lhe que seria necessário nascer de novo para ver o Reino de Deus.
Podemos afirmar: aqui está o verdadeiro sentido da conversão: “nascer de novo”. É essa a grande maravilha que Deus quer operar na vida dos seus amados. A conversão é recriação do ser, um fato mais admirável que a criação do Universo. É obra em primeiro lugar do Espírito Santo em nós, para que com sabor novo possamos pronunciar: “Abba”.
Parece-me que o belíssimo quadro “A volta do filho pródigo”, de Rembrandt, quis expressar essa realidade da conversão como um novo nascimento, quando nos apresenta o filho estreitado entre as mãos do pai, com a silhueta um tanto informe de um embrião humano. Ele está sendo gestado na luz, no calor, no abraço amoroso do Pai Misericordioso. Assim, a conversão nos lança num relacionamento mais profundo e íntimo com Deus, a quem não vemos e, necessariamente, com os irmãos, aos quais vemos bater à nossa porta com fome, frio, cansaço, doença, solidão e desespero. Só homens e mulheres “novos” sentirão compaixão ao ver nos rostos – deformados pela miséria –, a face mesma de Jesus.
No período da Quaresma, a Igreja quer preparar seus fiéis, mediante a solene celebração do Tríduo Pascal, para a renovação de nossa existência em Cristo. Os exercícios quaresmais como jejuns, abstinência, esmola, paciência com o próximo, irão favorecer esse nascer de novo. Seremos gestados no seio da Igreja, na comunidade.
Na força da vida nova que nos impregnará, com ardor renovaremos nosso compromisso de servir o Reino de Deus, de dobrar, em atitude humilde e serviçal, os joelhos diante de nossos irmãos pequeninos. É essa a graça que mais devemos almejar ao participar da celebração do Tríduo Pascal. 

Fonte:cancaonova.com

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Prisioneiros de nós mesmos... Livres pelo ESPÍRITO SANTO

Como seres humanos temos vidas repletas de altos e baixos, e isso é absolutamente normal; no entanto, há pessoas com uma concepção diferenciada desse ponto de vista, pois têm uma “visão curta”, ou seja, somente enxergam os próprios problemas como se estes só ocorressem com elas, ficam tão obcecadas que acabam transformando sua vida em algo sem prazer. E quando uso a palavra “prazer”, refiro-me principalmente a tudo aquilo que nos acontece de bom, de alegre e que proporciona momentos únicos em nossas vidas.
É o próprio Deus que vem nos dizer em Eclo 30: 21 “não se deixe dominar pela tristeza nem se aflija com preocupações; alegria do coração é vida para o homem’’.
O Senhor nos criou à Sua imagem e semelhança para desfrutarmos do Seu amor infinito. No ato do nascimento, ele nos presenteou com o livre-arbítrio, que significa liberdade de fazer nossas próprias escolhas, tirar conclusões e agir como bem entendermos. É fato que a obra realizada por Deus em nós é perfeita, porque fomos criados à imagem e semelhança do Rei dos reis, mas, infelizmente, o mundo foi contaminado com o pecado, e este faz com que os homens tapem os olhos para as coisas do Pai e, automaticamente, deixem de cumprir Seus ensinamentos.
Quando voltamos nossas atenções somente para as coisas negativas, obviamente as coisas boas ficam em segundo plano em nossas vidas; é justamente isso que o “coisinha lá de baixo” deseja, ele quer que nossos dias fiquem tomados pelo ódio, rancor, pela inveja e que, aos poucos, nos esqueçamos do amor de Deus que carregamos em nosso coração.
Quando estamos mergulhados em melancolia, o pecado nos torna escravos dos nossos sentimentos e desejos, desejo pela carne, dinheiro, drogas, fofoca ou até mesmo desejo do que é mal aos outros, ficamos acorrentados a um círculo vicioso que nos faz nunca estar satisfeitos com o que temos, quando nos entregamos ao pecado ficamos a mercê dos problemas. Como estamos com os olhos tapados para as coisas do alto, não conseguimos enxergar as soluções que, por muitas vezes, vem do Pai.
“Digo com toda convicção: Deus jamais nos dará um fardo que não sejamos capazes de carregar”
Como padre Léo cita no seu livro ‘Jovens Sarados’, “ele (demônio) não nos enfrenta, mas fica nos rondando e vamos nos acostumando com o pecado. O encardido tem muita paciência, ele sempre está disposto a realizar nossos desejos mais profundos com uma agilidade inacreditável, porque, quando não mantemos a nossa mente no Pai, acabamos caindo em tentação”.
Digo com toda convicção: Deus jamais nos dará um fardo que não sejamos capazes de carregar. Se hoje parece que seu mundo está desabando, se você acha que Deus o esqueceu e você está perdendo a vontade de viver, eu lhe digo, amigo, é justamente esse o desejo do encardido. Ele quer você no chão, quer pisar em você e rir das suas fraquezas; ele se utiliza de seus desejos e pecados para enfraquecê-lo. Mas acredite, não é essa a vontade de Deus, porque Ele nos ama e quer que sejamos cada vez mais completos pelo Espírito Santo. Ele é a solução de todos os problemas. Não há realidade que Ele não possa mudar, não a dor que Ele não possa curar e não há amor maior que o d'Ele.
O Senhor sofre a cada vez que nos estende a mão e nós simplesmente lhe viramos as costas. No entanto, Ele estará sempre ao nosso lado, olhando por nós, nos dando, todos os dias, a oportunidade da libertação e nos mostrando o caminho da santidade, mas cabe a cada um de nós abrir o coração para o Espírito Santo a fim de que Ele possa nos usar e, assim, possamos sentir a presença deste Deus vivo em todos os nossos gestos. Ele está a bater à porta do nosso coração e só nós podemos abri-la para que Ele possa entrar e realizar prodígios em nossas vidas. Basta dizer ‘sim’, acreditar que Ele pode mudar a nossa vida e dar mais um passo na fé a cada dia, porque, acredite, Deus tudo fará em nossas vidas e quando nos dermos conta, não seremos mais prisioneiros de nós mesmos e sim servos desse amor incontestável, inabalável, indestrutível, insuperável e inesgotável do Pai.

Por: Erick Meneses

 A Paz de Jesus e o Amor de Maria!
 

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Eu tenho amigos de verdade?

Amizade verdadeira sempre faz bem. Quando amamos de verdade o nosso amigo, compreendemos até o que é incompreensível” Livro #NasciPraDarCerto
Li essa frase no livro Nasci pra dar Certo de meu irmão Adriano Gonçalves. Ao me deparar parei. Como é que é??
Tá, a primeira parte todo mundo concorda, certo? Ninguém duvida que uma amizade verdadeira faz bem…isso é até meio obvio. Mas fiquei parado foi na outra frase: “Quando amamos de verdade o nosso amigo, compreendemos até o que é incompreensível.”
Primeiro me questionei no seguinte: dá pra “amar de mentira” os nossos amigos?? Parei, analisei, refleti, olhei pra minha vida e cheguei a conclusão: quando a amizade vivida não é algo que brota do coração de Deus mas é uma amizade que muitas vezes o mundo me proporcionou, isso acontece constantemente. Quer um exemplo?? Aquele seu “amigo” (e aqui faço questão de colocar entre aspas) que te convida todo fim de semana pra ir pra balada pegar todas!! E aquele que te convida pra depois do futebol tomar umas!!! Ou então, para as meninas de plantão, aquela sua amiga que te dá umas dicas de como seduzir o carinha que você tá afim!!!
Você acha que essas pessoas te amam de verdade?? Como alguém que te ama de verdade te leva pro buraco?? Fico pensando na cena de uma pessoa empurrando seu amigo no precipício e dizendo assim: “Cara, só tô fazendo isso porque te amo!” Sem noção né? É, não dá pra imaginar! Então conclui que realmente pode existir uma amizade que não ama de verdade, mas finge um amor, tornando-se assim um “amor de mentira”.
E a segunda parte da frase então?? “compreendemos até o que é incompreensível” Me perguntei: Como vou compreender o incompreensível? A palavra já diz tudo: IN-compreensível,e o  ‘in’ aqui é utilizado com sentido de negação (não compreensível).
Mas não sei se você já viveu essa experiência de estar desesperado e trocar uma ideia com o seu melhor amigo. A sua vida parece que chegou ao fim. Você não tem escapatória, TUDO se resume em uma palavra: “Tô Frito”. “Ela não vai mais querer saber de mim”, “minha mãe vai acabar comigo”, ou sei lá o que você pensou nesse dia em que seu mundo já era.
Aí ele te diz uma meia dúzia de palavras e parece que tudo faz sentido. Te dá um novo ânimo, um novo sentido. Ao contrário do “amigo” do exemplo lá de cima, esse é capaz de te tirar do buraco. Exorta, aponta os erros (não pra te acusar) e, acima de tudo, te acolhe. Mas além de tudo isso, te levanta e caminha com você e te leva pra mais perto de Deus. E então, aquilo que era o seu “fim da vida” se torna um ponto de partida. E eis que a frase “compreendemos até o que é incompreensível” faz sentido.
Concluo te fazendo duas perguntas: Qual é o seu tipo de amizade? Como é você com seus amigos?
Se você percebeu que tá tudo errado, calma, dá pra começar tudo de novo. Faça desse post o seu ponto de partida. Você topa?
Me comprometo a caminhar contigo e te levar pra mais perto de Deus. Bora?

Por: Guilherme Zapparolli

Fonte: blogcancaonova.com/revolucaojesus

A PAZ DE JESUS E O AMOR DE MARIA!