sábado, 30 de outubro de 2010

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Retiro Espiritual - Aprofundando


Lemos, muitas vezes, nos santos Evangelhos, que Jesus se afastava das multidões que o seguiam e retirava-se para um ermo onde pudesse entregar-se à contemplação. Antes de iniciar a sua vida pública, recolheu-se a um deserto, onde sua natureza humana foi posta à prova, sem que o demônio a pudesse dominar. A seus discípulos igualmente, ao voltarem da missão, retirava-se com eles para que pudessem na solidão  estar a sós com Deus.

São Bernardo apelidava a solidão de felicidade: “O beata sollitudo, o sola beatitudo”. Momento privilegiado aquele em que afastados do burburinho dos sentidos e do mundo podemos nos encontrar conosco mesmos e com Deus. 

Foi no silêncio e na solidão  que Elias  ouviu a voz de Deus  na  suavidade de uma brisa. Na contemplação, os profetas, em recolhimento, sentiram o chamado e deixaram-se impregnar pelo Espírito, adquirindo forças para sua missão. 

O silêncio e o recolhimento na oração foram e são marca constante na Igreja, desde quando os Apóstolos, no Cenáculo, por nove dias, na oração e no silêncio, esperaram a manifestação do Espírito Santo. Os eremitas fugiam e fogem das concupiscências da carne e da soberba da vida, indo para o deserto onde entregam-se ao conhecimento de si próprios e à união com Deus, para irradiarem a vida na Igreja com sua sabedoria.

Santa Tereza afirmava que Deus sempre quer nos falar, mas o mundo faz tanto barulho que não o podemos ouvir. “Tudo o que é definitivo nasce e amadurece no seio do silencio: a vida, a morte, o além, a graça e o pecado. O palpitante está sempre latente”, escreve Inácio Larrañaga.

Nas atividades do dia a dia nós nos perdemos. Deixamos até de pensar, como escreveu Pascal em um fragmento, um rascunho, talvez perdido em uma gaveta: “O homem foi feito para pensar; nisto a sua dignidade e seu mérito. Seu único dever consiste em pensar bem ; e a ordem do pensamento está em começar por si, por seu autor e por seu fim. Ora em que pensa o mundo? Jamais nessas coisas...” e conclui Sertillages, que cita o texto: “É preciso meditar muitas vezes sobre Deus, conceber a unidade da vida e a sua exigência de progresso, ter uma visão simples de nossas relações  e do nosso destino tão confusos pelo movimento habitual do mundo”. O espírito foi feito para pensar e julgar no Espírito de Deus. 

O retiro nos leva às condições para a realização desta grandeza humana:”pouco menor que os anjos  fizeste o homem”, reza o salmo. No silêncio, vamos nos encontrar, primeiro conosco mesmos. Saber que somos criaturas privilegiadas e como temos respondido a essa nossa dignidade. Por atos penitenciais e de fé, no arrependimento, encontraremos a misericórdia de Deus no perdão. Nele apoiados planejamos uma vida nova. No silêncio e na oração, Deus nos revela sua face e nos fortalece como fortaleceu a Cristo nas tentações.

Sistematizando esses movimentos, Santo Inácio de Loiola, escreveu um roteiro, chamado “Exercícios Espirituais”. Não é um roteiro para ser lido apenas, ainda que com muita atenção, mas para ser vivenciado. Por quarenta dias se estendem os exercícios, levando-nos da primeira semana na conscientização de nossa fraqueza e da falta de correspondência à graça, ao pedido de perdão pela misericórdia e, em vista  do nosso destino eterno, à resoluções firmes de uma nova vida. Foi a própria experiência que traduziu nestas páginas. Foi a experiência que exigia de todos os que queriam alcançar uma vida de humana perfeição na adesão à bandeira de Cristo.

Esse esquema é o seguido nos retiros que se fazem na Igreja em busca de um crescimento espiritual necessário para todos nós. Longe do barulho, procuramos examinar nossa vida e nosso atos confrontando-os com o Evangelho e, confiados na bondade divina, partir para uma vida nova, consciente de que o Reino de Deus está dentro de nós, Reino que é paz e alegria no Espírito Santo (Cf. Rm 14, 17).

Vivemos hoje um mundo de muitas solicitações. Não temos tempo para nada, tal o volume e velocidade de informações. Somos desviados pelas imagens e cultura para as concupiscências alheias ao espírito. Então o retiro, o recolhimento e a oração tornam-se mais necessários para superarmos as forças negativas e nos realizarmos como pessoas criadas à imagem e semelhança de Deus, nos tornarmos à imagem de Cristo.



Por: DOM EURICO DOS SANTOS VELOSO 

ARCEBISPO EMÉRITO DE JUIZ DE FORA, MG.


Fonte:catequisar.com.br/

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Se liga juventude!!


O CRISJOVEM 2010 acontecerá no dia 24 de outubro e será realizado no Parque da Cidade às 07:30h.
Neste ano terá como reflexão o tema: “JUVENTUDE: muita REZA, muita LUTA, muita FESTA em marcha contra a violência. 

"Todos os anos o DNJ celebra as lutas anuais dos/as jovens organizados. É a mobilização maior, concentrando multidões de jovens que buscam novas relações de vida pautadas na justiça social, no poder popular, na legitimidade da diversidade, no protagonismo juvenil, na educação libertadora, na construção da paz.
Contamos com você na campanha convide mais um e traga para o XXXVIII Crisjovem.
Você é meu/minha convidado/a para juntos celebrarmos anunciando e denunciando."

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Eu quero evangelizar!

Imagina se todo mundo acordasse pela manhã e desejasse “Eu quero evangelizar”? O mundo seria outro, sem dúvidas, bem mais parecido com o céu.
Mas a lógica de refletirmos sobre esse assunto não é nem mesmo a carência de vocações religiosas (que muita gente pensa ser a única forma de evangelização), porém é a omissão dos cristãos que preferem calar-se do que anunciar o evangelho.
homemecriancas
http://momentoemanuel
O ato de evangelizar é simples e exigente ao mesmo tempo. Você não precisa parar alguém e falar mirabolantes palavras afim de tentar convence-lo de algo. A evangelização pode ser num gesto, num ato de solidariedade e até mesmo no silêncio (se ele for usado no momento certo). E por isso que é simples e exigente, pois ao mesmo tempo que podemos evangelizar com pequenas ações, elas nos levam a firmar um compromisso de tentar viver essas ações e, é nessas horas, que muita gente desiste.
Agora, pensemos nós, o que nos falta para “larçarmos as redes”? O que nos falta para “anunciar-mos a Boa Nova”?
Chegou numa resposta?
Talvez nos falte coragem, ousadia, largarmos de preguiça e termos mais confiança em Deus. A junção dessas coisas faria de nós preciosos evangelizadores. Não anunciar o Senhorio de Jesus é quase que um ato de egoismo, ou seja, é você conhecer a verdade, o caminho da salvação e não querer contar para ninguém.

E se você acha que você não tem a ver com esse lance de “evangelização”, que isso é coisa pra padre, freira ou catequista. Saiba que você está enganado. É missão de todo batizado/cristão evangelizar.
Não fique parado esperando Jesus voltar para você lembrar que tem que fazer alguma coisa.
Ahh, e se você não sabe como evangelizar, peça a Deus essa graça, além de também pedir orientação para um religioso.
Que o Espírito Santo inflame nossos corações e nos leve a sermos cristãos mais fervorosos e anunciadores do Evangelho. Amém!


OBS: Dia 10 de novembro grande dia de Avivamento para as Santas Missões
Local: Paróquia São José de Amaralina
Horário: Logo após a missa das 08:00h
Convidado: Anailton dos Anjos.

Participe você também!!